segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Oração indígena do silêncio

                                                                                                                               Prainha - Farol de Santa Marta - Foto: Vilma Gama

A oração indígena do silêncio:

"Sente-se à beira do amanhecer, o sol nascerá para você.

Sente-se à beira da noite, as estrelas brilham para você.

Sente-se à beira do rio, o rouxinol canta para você.

Sente-se à beira do silêncio, Deus vai falar com você."

(Avagana Daçui-rá) 






domingo, 22 de fevereiro de 2015

Mar, imensidão azul

                                                                                                                                       Farol de Santa Marta - SC - Foto: Vilma Gama

Diante da imensidão azul do oceano atlântico, no lindo litoral catarinense, pensei em Fernando Pessoa.


"Mar Português"

"Ó mar salgado, quando do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!


Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu."

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sinta o gosto do sal, do sal, do sal...

                                                                                                              Praia do Cardoso - Farol de Santa Marta - Foto: Vilma Gama
Caros amigos e leitores o blog Dizeres Poéticos retorna ao ar depois de um mês e meio sem publicações. Cabulei algumas aulas, mas voltei.
E para marcar o retorno "Milágrimas", música de Itamar Assumpção, poesia de Alice Ruiz e vozes de Anelis Assumpção e Alice Ruiz. 

                      
Milágrimas

"Em caso de dor ponha gelo


Mude o corte do cabelo

Mude como modelo

Vá ao cinema dê um sorriso


Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo


Se amargo foi já ter sido


Troque já esse vestido


Troque o padrão do tecido


Saia do sério deixe os critérios


Siga todos os sentidos


Faça fazer sentido


A cada mil lágrimas sai um milagre


Em caso de tristeza vire a mesa

Coma só a sobremesa coma somente a cereja


Jogue para cima faça cena


Cante as rimas de um poema


Sofra penas viva apenas


Sendo só fissura ou loucura


Quem sabe casando cura


Ninguém sabe o que procura


Faça uma novena reze um terço


Caia fora do contexto invente seu endereço


A cada mil lágrimas sai um milagre


Mas se apesar de banal

Chorar for inevitável


Sinta o gosto do sal do sal do sal


Sinta o gosto do sal


Gota a gota, uma a uma


Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre


A cada mil lágrimas sai um milagre"




domingo, 4 de janeiro de 2015

Felicidade vai brilhar no mundo




 Na rua de casa                                                                                                                                                                    Foto: Vilma Gama

Ao flagrar a cena acima, não pude pensar em outra coisa senão na poesia musical de Tim Maia. "Que beleza!"

"Que beleza é sentir a natureza 

Ter certeza pr'onde vai

E de onde vem

Que beleza é vir da pureza

E sem medo distinguir

O mal e o bem

Uf! Uf! Uf! Que beleza!

Uf! Uf! Uf! Que beleza!

Que beleza é saber seu nome

Sua origem seu passado 

E seu futuro

Que beleza é conhecer

O desencanto

E ver tudo bem mais claro

No escuro

Uf! Uf! Uf! Que beleza!

Uf! Uf! Uf! Que beleza!

Abra a porta

E vá entrando

Felicidade vai brilhar no mundo

Que beleza! Que beleza!

Uf! Uf! Uf! Que beleza!

Uf! Uf! Uf! Que beleza!"

                                    Tim Maia







                                                                                                                                 Foto: Vilma Gama

sábado, 3 de janeiro de 2015

Azul, branco e verde: experiência sensorial - encerramento da semana


                                                                          Foto: Vilma Gama
                     Foto: Vilma Gama

                        Foto: Vilma Gama




Para encerrar o tema sensorial da semana trouxe a

 imagem que imaginei para fora, materializada. 

E você o que vê?












sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A foto que virou poesia

O voo do pássaro embelezou ainda mais a foto que pretendia tirar                                                                  Foto: Vilma Gama

Continua a brincadeira. Prossigo no tema da semana 

(28 de dezembro a 3 de janeiro). 

A proposta é olhar o céu e ver as formas que


as nuvens nos sugerem. 

Eis a explicação de tantas fotos 



celestes. 



Na imagem de hoje, feita no dia 29 de dezembro, na 



calçada 



da rua de casa, além do belíssimo azul salpicado por



nuvens brancas e das belas folhagens em tons de lilás ou 



roxo, temos uma surpresa boa. 



O voo de um pássaro 



embelezou ainda mais a 



foto que pretendia fazer. 

Rota e sincronia de tempo 



perfeitas para o meu enquadramento

não havia como escapar do registro.



O pássaro só foi descoberto quando, mais tarde, fui ver 



com calma 

todas as fotos que havia feito. 



Presença fugaz*. Surpresa boa.  



A câmera registrou o que o meu olho não viu, mas que 



estava lá. Eis a beleza da foto.




Entretida com o foco no objeto não havia como 



enxergar o voo tão alto e rápido de um pequeno pássaro.

                                                                                                                                 Foto: Vilma Gama

O que você vê?

 Eu vejo nesta nuvem um elefante, acima dele estrelas e as Três Marias. E você?

*Fugaz, segundo o dicionário Aurélio, é o que foge com rapidez. Efêmero, transitório, rápido (em desaparecer)