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Em casa - Pracinha -Foto:Vilma Gama (VG)
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Foto: VG
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Fotos: VG
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Gosto da palavra escrita
Gosto de capas de livros, de cadernos
Gosto de sonhos
Gosto de lugares com céu azul
Gosto do som do canto dos pássaros, enquanto escrevo
Gosto das árvores, onde os pequenos encontram alimento, descanso e morada
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Foto: VG
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Gosto de viajar, gosto de conhecer pessoas, de ver
lugares novos, mares,
montanhas, vilarejos,
cidades
Sonho com uma casa sobre rodas,
onde possa viver e ver o mundo
Os vilarejos e cidades já me habitam
As pessoas que ainda não conheço, me saúdam
Sorrisos sinceros já se desenham por quilômetros
As palavras já me descrevem
A viagem já me invade
O sonho já me preenche
Vilma Gama
Lindo texto, lindamente ilustrado. Também sonho com muitas dessas coisas.
ResponderExcluirQuem bom Lourdes, gratidão! O sonho nos conecta! Beijo imenso amiga!
ExcluirO seu poema convida à viagem, convida-nos a que levemos conosco somente o que apreciamos, uma viagem que é também a viagem pelas coisas que amamos, por tudo aquilo que vai por dentro e nos alimenta, como as palavras, como a luz do sol...tudo aquilo que, de cada paisagem, de cada instante vivido, cada pequeno ponto - luminoso ou não - da experiência, ficou impresso, gravado em nós- matéria de sonho e utopia. Seu poema me recorda haicais de bashô. Bom dia Poeta Vilma Gama! Vida longa à poesia! Celso
ResponderExcluirInteressante a sua leitura do poema como uma viagem. É uma imagem poética linda! Toda quarta por aqui tem uma viagem nova! Gratidão Celso.
Excluir"As palavras já me descrevem
ExcluirA viagem já me invade
O sonho já me preenche" Vilma Gama. Palavras, viagem, sonho...Como toda arte, a poesia nos apresenta muitos caminhos, gosto agora da palavra "fresta", que ouvi do escritor carioca Luiz Antonio Simas...A poesia, pra quem queira vê-la, ouví-la, manuseá-lá, pra quem queira levá-la junto consigo (Como parte do corpo, até), a poesia nos abre frestas; se estamos aprisionados, fechados, o ralo fio de luz aberto por essa fresta, o poema, convida-nos à liberdade, à viagem, ao sonho, e assim foi que seu poema, Vilma, possui essa força: a força da palavra poética e suas imagens, capazes de abrir frestas nos recônditos_a palavra mesmo, com sua força material de poesia, sua "lâmina" de imagens, como nos mostra João Cabral, a força criadora de frestas! Salve Poeta Vilma Gama!
Gostei muito da palavra "fresta" Celso. Concordo com Luiz Antonio Simas, a poesia nos abre frestas e induz sensações, sentimentos.
ExcluirEm O sonho já me preenche as pessoas acessaram, através de frestas, talvez liberdade, talvez sonho, talvez a ideia de uma viagem libertária. As interpretações são múltiplas, aí está a beleza. A parte que você menciona João Cabral é linda"lâmina de imagens". Gratidão imensa Celso!
Gratidão também Vilma! Seu poema se apresenta como um caleidoscópio, pluriverso, como um móbile cubista, a viagem que não termina...e cada vez que retornamos ao poema, uma outra viagem se inicia ou, a cada retorno, iniciamos uma outra experiência...O que foi viagem pode agora ser sonho ou a combinação de sonho e viagem, ou combinações de outras tantas experiências que o poema conecta, impulsiona...e aqui utilizo a imagem do poeta Octávio Paz: o poema é o arco que nos lança e pode, porque não, lançar-nos ao infinito, num instante...
ExcluirQue mágico, cada leitura um novo significado! Muito generoso seu comentário. Abraços.
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