terça-feira, 25 de novembro de 2014

Os Opalas - shows históricos - parte 2

Os Opalas na Sala Olido - Show Tributo ao Branca di Neve em 22.11.14                                                                         Foto: Vilma Gama

A banda Os Opalas protagonizou na Sala Olido, no último dia 22, um espetáculo de grande beleza estética e musical. Público presente, lotação esgotada.
Muitas histórias para contar... Tributo ao Branca di Neve, sucesso autorais da banda e todos se sentiram em casa.

Alguns privilegiados puderam dividir o palco com a banda Os Opalas  - Sala Olido 22.11.14                                         Foto: Vilma Gama
Abertura do show - música: Do Bang!


        Pobre Moleque - Os Opalas - Tributo ao Branca di Neve - Sala Olido

Mais um pouco da perfomance de Pobre Moleque na Sala  Olido



Música autoral: 4:20 no Baile - Os Opalas - Sala Olido

O show termina com a banda tocando no meio do público fora da Sala Olido. Apoteótico.

Renato Cardoso, Marcelo Bianca e Américo Rodrigues concedem entrevista após o show na Sala Olido - Foto: Vilma Gama




Renato Cardoso (baixo), Marcelo Bianca (percussão), Américo Rodrigues (bateria) e Melvin Santhana (guitarra e vocal)



Victor Luís foi conferir de perto o show d'Os Opalas na Sala Olido - 22.11.14                                                 Foto: Vilma Gama

Estivemos lá conferindo tudo de pertinho - Sala Olido - Vilma Gama e Victor Luís - (Selfie)

Fizemos parte desse show histórico - Os Opalas - Tributo ao Branca di Neve - Sala Olido (Selfie)

Vilma, Américo, Victor, Marcelo e Renato - Sala Olido - 22.11.14 (Dia do Músico). Celebração.                                               

Américo, Zé Marmou, Marcelo e Renato - Sala Olido - 22.11.14

Foi um show inesquecível - Comemoração do Dia do Músico - Show Tributo ao Branca di Neve - 22.11.14                           
Equipe responsável pelo belíssimo show Tributo ao Branca di Neve - Sala Olido - 22.11.14                                   Foto: Vilma Gama

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Os Opalas - dois shows históricos

Show da banda Os Opalas no Sesc Pompeia                                                                                                Foto: Alberico Santos
A banda Os Opalas tem luz própria. Já está na estrada há 14 anos, e evoluiu meteoricamente durante esta quase década e meia. 
O final de semana foi produtivo. A prova disso foram os dois mais recentes e históricos shows que fizeram no dia 21 no Sesc Pompeia, e no dia 22 na Sala Olido, como parte das comemorações da Semana da Consciência Negra. 
No show do Sesc Pompeia a banda teve dois ilustres convidados: Seo Osvaldo (o primeiro DJ do Brasil) e o cantor Bebeto. O público, que lotou a Choperia do Sesc, cantou, dançou e se emocionou com o som de Seo Osvaldo, com as canções autorais da banda anfitriã e com os sucessos de Bebeto.


                                                                                                                                                                            Foto: Alberico Santos
                                                                                                                                                                            Foto: Alberico Santos
                                                                                                                                                                             Foto: Alberico Santos
A visão do baterista                                                                                                                                          Foto: Alberico Santos


Bebeto apresenta seus sucessos                                               Foto: Alberico Santos 

E no dia 22 de novembro, na Sala Olido, o show Os Opalas Mete Bronca - Tributo a Branca di Neve. 
O paulistano Nelson Fernando de Morais, cantor e surdo número 1 da Escola de Samba Vai-Vai, mais conhecido como Branca di Neve, protagonizou uma breve carreira, pois faleceu em 1989, aos 38 anos. A trajetória foi breve, no entanto, coroada por sucessos como Kid Brilhantina, Nego Dito (Itamar Assumpção), Boca Louca, A cor de Deus, Reprise, a lista é enorme. Branca integrou o grupo Originais do Samba, tocou, ainda, com Luís Vagner, Jorge Benjor, Nara Leão, Toquinho, Baden Powell, entre outros.
Os Opalas, neste show dedicado ao Branca di Neve, surpreenderam o público ao disponibilizar os lados direito e esquerdo do palco para quem estivesse a fim de dançar. E é só dar uma olhadinha nas fotos abaixo para ver que tinha muita gente a fim de balançar o esqueleto. Os dançarinos brilharam no palco ao lado da banda.
No final do show, mais uma surpresa aguardava o público: os músicos saíram da Sala Olido tocando e levaram o show para os corredores da Galeria Olido, ao estilo Tangos e Tragédias. Todos os presentes saíram atrás. Festa total!

Os Opalas - Sala Olido - show Tributo ao Branca di Neve e nas duas laterais do palco o público dançou muito -   Foto: Alberico Santos
  


Parceria Itamar Assumpção e Branca di Neve


Os Opalas - Show Tributo ao Branca di Neve - Sala Olido - 22 de novembro de 2014                                                                                                                                    Foto: Alberico Santos
Sala Olido Tributo ao Branca di Neve - 22.11.14                    Foto: Alberico Santos
 Banda Os Opalas na Sala Olido - Tributo ao Branca di Neve -    22.11.14                                                Foto: Alberico Santos
Os Opalas na Sala Olido- 22.11.14                                                                                                                   Foto: Alberico Santos
Sonho concretizado - Tributo ao Branca di Neve realizado- Américo Rodrigues na Sala Olido 22.11.14, dia do músico - Foto: Alberico Santos
Grandioso tributo ao Branca di Neve realizado pela banda Os Opalas na Sala Olido                             Foto: Alberico Santos
                                                                                                                                                                             Foto: Alberico Santos

                                                                                                                                                                             Foto: Alberico Santos


A equipe responsável pelo grandioso Tributo ao Branca di Neve - Sala Olido - 22.11.14                            Foto: Vilma Gama

sábado, 22 de novembro de 2014

Escritos de 1922 - Maiakóvski


Uma pessoa pode ser só coração? A resposta poética é de Maiakóvski, que subverte a anatomia, neste trecho do poema "Amo" dedicado a Lila Brik, escrito em 1922.



"Cada um ao nascer

traz sua dose de amor,

mas os empregos,

o dinheiro,

tudo isso,

nos resseca o solo do coração...
...Nos corações, nos relógios

bate o pêndulo dos amantes.

Como se exaltam as duplas no leito de amor!

Eu, que sou a Praça da Paixão*,

surpreendo o pulsar selvagem

do coração das capitais.

Desabotoado, o coração quase de fora,

abria-me ao sol e aos jatos d'água.

Entrai com vossos paixões!

Galgai-me com vossos amores!

Doravante não sou mais dono de meu coração!

Nos demais - eu sei,

qualquer um o sabe -

o coração tem domicílio

no peito.

Comigo

a anatomia ficou louca.

Sou todo coração -

em todas as partes palpita.

Oh! quantas são as primaveras

em vinte anos acesas nesta fornalha!

Uma tal carga

acumulada

torna-se simplesmente insuportável.

Insuportável

não para o verso

de veras." 

*Antiga praça de Moscou, atual  Praça Púchkin.
     

















sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Versos que ultrapassam os séculos - Maiakóvski

Flor de lótus

Trecho imensamente poético de uma das poesias militantes de Maiakóvski. Os versos foram compostos com tanta força e beleza que ultrapassam os séculos. O poema é dedicado a Vladimir Ilitch Lênin, por ocasião de sua morte, em 1924.


..."Por acaso seremos nós

que nos vamos desmanchar

numa poça de lágrimas?

Nosso saber é nossa força, nossa arma.

As pessoas? São como barcos fora d'água.

Antes que tenham vivido o seu pedaço

uma infinidade de variados moluscos

gruda-se-lhes ao casco.

E após, tendo vazado a furiosa tormenta,

a gente se assenta mais perto do sol

para retirar a barba verde das algas

e a gelatina alaranjada das medusas.

... Tenho medo destes versos

ante mim tendidos às centenas.

Como um menino temo a falsidade.

Se sobre sua cabeça formarem uma auréola,

temo que ocultem

a autêntica, a humana, a sábia,

a imensa fronte de Lênin."





quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dia da Consciência Negra - Só existe uma raça: a humana

 A imagem que fica registrada neste 20 de novembro, dia da Consciência Negra é esta acima. Imagem que quebra o paradigma do racismo, da segregação. "One love/ One heart", disse Bob Marley. Uma só raça humana, que é composta de pessoas de todas as etnias.. As crianças de todas as idades devem saber disso.
Crianças, e por falar nelas...
Uma menina, Karoliny Scarabel Akatsu, que provavelmente tem 10 anos, pois cursa o 5º ano na escola, escreveu um poema sobre o racismo. O tema da poesia dela pode ter fim e se tornar relíquia do passado, pois depende de atitudes humanas, das nossas atitudes.


Adicionar legenda

O dia 20 de novembro, data da morte do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, foi escolhido para ser um dia que marque a resistência contra o absurdo racismo, que serviu de suporte para a escravidão, contra a qual Zumbi lutou. Racismo este existente até hoje em nosso país. Vamos dar uma resposta verdadeiramente humana a isso.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Maiakóvski

O poeta russo Vladimir Maiakóvski nos indaga do alto do século XX sobre o que queremos. Com sua poesia ele nos infla de coragem para que possamos romper ao meio a barreira das ameaças e das guerras, sejam elas quais forem.

"E então que quereis?..."

"Fiz ranger as folhas de jornal

abrindo-lhes as pálpebras piscantes.

E logo

             de cada fronteira distante

subiu um cheiro de pólvora

            perseguindo-me até em casa.

Nesses últimos vinte anos

                                 nada de novo há

no rugir das tempestades.

                          Não estamos alegres,

é certo,

            mas também por que razão

haveríamos de ficar tristes?

O mar da história

                            é agitado.

As ameaças

                  e as guerras

                                    havemos de atravessá-las

rompê-las ao meio,

                               cortando-as

como uma quilha corta as ondas."

                                                              (1927)

                                                            Maiakóvski

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Repelindo o absurdo cotidiano

                          Um recorte de São Paulo. Vista do 17º andar. Minha nova paisagem.  (18.11.14)                  Foto: Vilma Gama                                                                         
Falar sobre o cotidiano é simples e complexo. Milhões de desejos, frustrações, realizações. Milhões de dores e contentamentos. De sonhos e pesadelos é formado o cotidiano. Se pudéssemos ressuscitar alguém do século XX, quem seria o eleito? O poeta Vladímir Maiacovski nos aponta a resposta no belíssimo poema "A propósito disto", destaque para o trecho "O amor", o qual reproduzo abaixo.

"O amor"

"Um dia, quem sabe,

ela, que também gostava de bichos,

apareça

         numa alameda do zoo,

sorridente,

                 tal como agora está

                    no retrato sobre a mesa.

Ela é tão bela,

       que, por certo, hão de ressuscitá-la.

Vosso Trigésimo Século

                           ultrapassará o enxame

de mil nadas,

                      que dilaceravam o coração.

Então,

        de todo amor não terminado

seremos pagos

                       em inúmeráveis noites de estrelas.

Ressuscita-me,

                       nem que seja só porque te esperava

                                                         como um poeta,

repelindo o absurdo cotidiano!  

Ressuscita-me,

                        nem que seja só por isso!

Ressuscita-me!

                        Quero viver até o fim o que me cabe!

Para que o amor não seja mais escravo

de casamentos,

       consupiscência,

                            salários.

Para que, maldizendo os leitos,

                                  saltando dos coxins,

o amor se vá pelo universo inteiro.

Para que o dia,

                          que o sofrimento degrada,

não vos seja chorado, mendigado.

E que, ao primeiro apelo:

                                       - Camaradas!

atenta se volte a terra inteira.

Para viver

                livre dos nichos das casas.

Para que

                doravante

                           a família 

                                       seja

o pai,

       pelo menos o Universo;

a mãe,

       pelo menos a Terra."

                                                
                               (1923)

                              Maiakóvski