(arregalo olhos de solidão e calo diante do imenso fosso
esverdeado).
desesperançados de rugas e sonhos em pedaços
acumulam-se ao meu lado também fixados na profundidade
que se alarga e esgarça mais e mais o sentido que
dávamos às estórias antes dessa precipitação.
Precipito-me encarando o próprio Poseidon e seus amores
em descalabro e só depois de arrancado da areia e
arremessado de volta à realidade é que percebo Cila e
Caribdes abocanhando das pedras os poucos e tristes
pescadores de almas.
Esqueço a luz adormecida com a tarde
viro-me deixando o livro empoeirado cair no piso de tacos tão
velhos como sonoros e na linha tu insistes em perguntar
por que durmo tanto o dia todo e tudo o que digo é que só
assim lanço garrafas ao mar
só assim pressinto o que de mim se afoga na falta de ar que
do outro lado respiras."
Vilma, quanto carinho! Obrigado pela publicação.
ResponderExcluirSérgio, fico feliz que tenha gostado da forma como apresentei o poema.O mérito é todo seu. Sua poesia fez sucesso porque é muito boa. Asseguro que você já tens fãs no Dizeres Poéticos. Eu é que agradeço o privilégio de tê-lo no blog. Beijos.
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