O escritor Érico Lopes Veríssimo completaria 109 anos,
ontem, 17 de dezembro, caso estivesse em nosso planeta.
Nasceu em Cruz Alta - RS em 17.12.1905, e fez a
passagem há 39 anos, em 28 de novembro de 1975.
Em 1973 publicou sua autobiografia intitulada "Solo de
clarineta".
Faleceu subitamente e deixou inacabado o segundo volume
de suas memórias, que se chamaria "A hora do sétimo
anjo".
"A vida vale a pena ser vivida apesar de todas suas
dificuldades, tristezas e momentos de dor e angústia.
O mais importante que existe sobre a face da terra é a
pessoa humana. E surpreender
o homem no ato de viver é
uma das coisas mais fantásticas que existe.”
Érico Veríssimo
"Em geral quando termino um livro encontro-me numa
confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga
tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso
'Não era bem isto o que queria dizer'."
"Em geral quando termino um livro encontro-me numa
confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga
tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso
'Não era bem isto o que queria dizer'."
(O escritor diante do espelho)
Érico Veríssimo
Érico Veríssimo
"Estive pensando na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos
dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época.
Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o
que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura
para criatura.
De que serve construir arranha-céus se não há mais almas
humanas para morar neles.
(...) É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas
passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos,
entretanto, dar um sentido humano às nossas construções.
E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver
deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios
do campo e as aves do céu."
(Olhai os Lírios do Campo)
Érico Veríssimo
"Eu queria fazer um livro não da vida como ela é, mas como
eu queria que ela fosse. Um livro para a gente pegar e ler
quando quisesse esquecer a vida real... Eu entendo a Arte
como sendo uma errata da vida. A página tal, onde se lê
isto, leia-se aquilo..."
Érico Veríssimo em "Um lugar ao sol".
"O espírito da gentileza podia salvar o mundo. O que nos
falta é isso: espírito de gentileza. Boas maneiras de homem
para homem, de povo para povo."
Érico Veríssimo
Carlos Drummond de Andrade homenageou o amigo ao publicar o seguinte poema:
Carlos Drummond de Andrade |
"A falta de Érico Veríssimo"
"Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.
Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça
que tarda - como tarda!
a clarear o mundo.
Falta um boné,
aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.
Falta um solo de clarineta."
Passagens muito bonitas, Vilma! :)
ResponderExcluirAdorei que gostou. Estou fazendo vc ler os clássicos! Rs . Brincadeirinha. Bjs.
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