sábado, 11 de outubro de 2014

Visitas ilustres e poesia para celebrá-las

Visitas ilustres na hora do almoço  (11.10.14 )                                                                                                       Foto: Vilma Gama

Sábado na hora do almoço duas ilustres visitas vieram degustar banana em nossa janela, que, para nossa alegria já virou ponto de encontro dos pássaros que moram nas árvores vizinhas. Sempre bem-vindos, tornaram-se nossos bichinhos de estimação. Não os mantemos presos, eles são livres para nos visitarem apenas quando quiserem. Nós lhes oferecemos frutas, e eles, graciosas presenças nos brindam com seu canto todas as manhãs. São seres que tornam a vida mais leve e bonita. 

Para celebrar o encontro um poema do encantador de palavras Manoel de Barros (Retrato do artista quando coisa)

Bom é corromper o silêncio das palavras.
Como seja:

1. Uma rã me pedra. (A rã me corrompeu para

pedra. Retirou meus limites de ser humano
e me ampliou para coisa. A rã se tornou
o sujeito pessoal da frase e me largou no chão a criar musgos para tapete de insetos e de frades.)

2. Um passarinho me árvore. (O passarinho me transgrediu para árvore. Deixou-me aos ventos e às chuvas. Ele mesmo me bosteia de dia e me desperta nas manhãs.)


3. Os jardins se borboletam. (Significa que 

os jardins se esvaziaram de suas sépalas
e de suas pétalas? Significa que os jardins 
se abrem agora só para o buliço das
borboletas?)



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